東望洋文叢

O Bambu Imperial - Norma e Invenção nas Embarcações Tradicionais Chinesas

MOP 100.00

O retrato das técnicas de navegação na China foi enriquecido em 1973 quando, em Quanzhou (Fujian), foi encontrado um junco da dinastia Song, representativo da construção chinesa meridional, tão diferente das anteriores concepções que assemelhavam estas embarcações a jangadas.

O Arbitrismo Ibérico entre Macau e Manila - População, Comércio e Finanças

MOP 150.00

O Arbitrismo, surgiu em Espanha em finais de Quinhentos, perdurou no século seguinte e propagou-se a Portugal. Apesar de utópicos, alguns arbitristas eram dignos de crédito e exerceram influência nas políticas dos Estados Ibéricos. Os Arbítrios, reduzidos a escrito, eram elaborados por pensadores, especialistas económicos, homens de Estado, religiosos, comerciantes, soldados, viajantes, aventureiros e mesmo simples curiosos. Eram, em geral, dirigidos ao rei.

Dicionário Cronológico da Imprensa Periódica de Macau do Século XIX (1822-1900)

MOP 150.00

A imprensa é uma fonte histórica inesgotável e relevante. É nela que melhor podemos ter acesso ao pulsar quotidiano da sociedade, ao seu tecido político, económico, social e cultural. A sua consulta permite-nos aferir igualmente mentalidades, valores, modas. O conteúdo da maior parte das publicações analisadas neste dicionário é desconhecido. O seu estudo poderá contribuir para a reavaliação de determinados assuntos, porquanto traz a colação elementos marcantes da história do território. A especificidade do estatuto de Macau configurou uma imprensa com características peculiares. A presente obra analisa, descreve, inventaria e localiza todos os periódicos macaenses publicados no século XIX.

Os Sabores das Nossas Memórias - A Comida e a Etnicidade Macaense

MOP 100.00

“A tradição culinária macaense – resultante de cinco séculos de contactos constantes entre a Europa, a China e o Mundo – é hoje uma lembrança como poucas de que o nosso mundo é feito de encontros, de misturas e, depois, de novas separações, de re-significações, de novas identidades. O movimento é pendular mas é constante. Há algo de universal na comida que apela aos humanos e até grandes recorrências no paladar. Mas, ao mesmo tempo, a comida que escolhemos para nós e os nossos e que desejamos consumir é um dos repositórios mais incontornáveis dos nossos afectos identitários. Será isso um paradoxo? Seria, se a história não fosse uma constante transformação. [...] Fernando Sales Lopes, entendido como poucos, muito para lá do observador distanciado, é um observador participante. O seu texto guia-nos através de um percurso que parte da gastronomia propriamente dita – esses fascinantes sabores de diferença macaenses, cujas evocações são tão múltiplas e que acabaram por ser uma comida de identidade tanto em Macau, como um pouco por todo o mundo onde a diáspora macaense levou os cosmopolitas que em Macau se vão criando. Da gastronomia o autor leva-nos às vivências sociais que ela convoca: da mais simples malga de arroz branco aos elaboradíssimos banquetes dos dias de festa. Este livro, portanto, é uma porta aberta para bem mais do que uma comida – o que já não é pouca coisa – é todo um troço da história da globalização na qual estamos cada vez mais envolvidos e que está inscrita em condimentos, em molhos, em modos de fazer e, sobretudo, em formas de fazer gente, de produzir pessoas através da consubstancialidade que a comunhão gastronómica produz. Longa vida à gastronomia macaense!”

Festividade do Ano Novo Lunar em Macau

MOP 140.00

Na festividade do Ano Novo Lunar a sociedade renasce com nova força e vigor, retempera o seu ser. É a vida que se renova, os afectos que circulam, os laços que se estreitam, os amigos que se “cativam”. Não há festa como esta. Esta obra é dedicada à grande festividade do povo chinês, responsável pela maior movimentação de pessoas todos os anos em toda a terra para o encontro com as suas famílias. A primeira parte e dedicada ao calendário lunar. A segunda parte da obra é toda dedicada à celebração do Ano Novo Lunar. E, porque não há festa sem culinária, é dedicado um capitulo à culinária. A obra termina com a descrição dos rituais do encerramento da festividade: a festa das lanternas.

A Escultura, a Pintura e as Artes Decorativas em Macau no Tempo da Administração Portuguesa, 1557-1911

MOP 100.00

Este livro tem como objectivo o estudo da escultura, da pintura, da ourivesaria e de outras disciplinas das habitualmente chamadas Artes Decorativas e Iconográficas, sempre de origem europeia, sejam religiosas sejam laicas, existentes em Macau, e que chegaram ao território ou foram aqui executadas durante a administração partilhada com os portugueses, concretamente, entre 1557 e 1911. Essa origem europeia tanto representa importações directas da Europa, com Portugal em lugar destacado, como de outras regiões já asiáticas, como da Índia, Goa em particular, e de Manila, e também as que foram executadas no território, mas com uma matriz estética e uma iconografia de raiz europeia, seja por artistas chineses ou japoneses, seja por europeus que se estabeleceram na cidade. Consideramos este livro a continuação e complemento de outros trabalhos que tiveram como objecto a cidade de Macau, sobretudo do livro A Urbanização e a Arquitectura dos Portugueses em Macau, 1557-1911, editado, em Lisboa, já em 2005. Não será um inventário completo, mas o autor tentou elencar as obras mais significativas de cada disciplina artística, e das diversas origens, para ilustrar o panorama artístico macaense durante o período em estudo.

Memórias, Viagens e Viajantes Franceses por Macau (1609-1900) (1º Vol. A 4º Vol.)

MOP 920.00

Resultado de quase uma década de investigações primárias em bibliotecas e arquivos centrais, regionais e privados da França, esta obra em quatro demorados volumes publica e estuda uma impressiva colecção de 295 memórias textuais de Macau escritas entre 1609 e 1900. Reúnem-se a 20 textos do século XVII, 57 do século XVIII, pertencendo os restantes em número de 97 à primeira metade do século XIX para 121 da segunda metade de oitocentos. Produzidos pelos mais diferentes autores e editores, estendendo-se por prestigiados viajantes marítimos a missionários, militares, diplomatas, médicos da marinha, geógrafos, jornalistas, cientistas ou os primeiros assumidos turistas, estas memórias em viagem por Macau iluminam os mais diversos aspectos da vida social, económica, das gentes e dos espaços que tornaram Macau um território fundamental para o acesso da França ao grande império do meio. Se alguns destes autores são tão humildes como o tanoeiro Laurentin-Justin Dessales que ditou porque quase não sabia escrever o que viu de Macau em 1838, outros textos trazem o prestígio dos escritores e ensaístas maiores como Chrétien-Louis Joseph de Guignes, Agricol-Joseph Fortia D’Urban, Jean-Ferdinand Denis, Léon Gozlan, René de Pont-Jest, Philibert Audebrand, Louis Henri Boussenard, Paul Bonnetain ou mesmo do grande Honoré de Balzac que mobilizou o melhor da sua prosa para contar em 1842 a legenda do templo de A-Má visto e admirado nas telas do seu íntimo amigo, o pintor Auguste Borget que teve a sorte de ser encontrado em Valparaíso pelo grande comerciante de ópio e de cules muito bem instalado em Macau que foi o poderoso Jean Antoine Durand. Volumes muito ocupados a editar com rigor estas 295 memórias que, deslindando autorias e apurando os seus sentidos narrativos, oferecem também aos leitores vários outros capítulos em que se estuda sobretudo com as metódicas da história cultural a oceânica atenção intelectual, diplomática e política que aproximou sucessivamente a França de Macau, culminando até 1859 com a activa presença dos seus embaixadores nomeados para ministros plenipotenciários na China que transformaram a legação francesa na cidade num dos principais espaços de sociabilidade elitária e cosmopolita epocais. Se entre 1857 e 1862 a ofensiva colonial francesa na Indochina e a sua participação militar na chamada segunda guerra do ópio ergueram mesmo um hospital militar em Macau, tratando mais de 2000 feridos franceses, o profundo interesse da França pela pequena terra do delta do rio das Pérolas mobilizava enorme atenção tanto da imprensa diária quanto de muitas revistas científicas e literárias que, a cruzar a esta biblioteca única de memórias vezes 295, ajudam a perceber quanto a imaginação francesa da cidade, das suas pessoas e coisas contribuiu generosamente para escorar a representação cultural com que se foi seleccionando em textos e imagéticas o que se queria destacar como património e história de Macau. Não admira, por isso, que estes textos tenham mesmo sido lidos por autores portugueses para neles encontrarem a representação cultural de Macau que ficou.